sexta-feira, 18 de outubro de 2019

2019 - As lições

      Há muito tempo atrás eu achei que eu fosse perfeita, que tava tudo certo comigo. Talvez até que eu fosse algum tipo de heroína e que vim salvar o mundo, confiei, confiava e confio nos meus instintos, acreditei que o que eu via e percebia era tudo o que existia e me deparei com o significado da soberba. Quando minha soberba, orgulho e ignorância caíram por terra, encontrei a compaixão. Compadecer pelo sofrimento e ou sentimento do outro, se colocar no lugar dele, pensar um pouco como ele, e acolher essa pessoa.
     Acolhimento, essa palavra e esse sentimento que aprendi com uma amiga. Ela me aceitou e me acolheu como eu sou, com esse jeitinho briguento e protetor. Em retorno entreguei o que eu já tenho de bom em mim, a lealdade.
     Eu acho que eu sei onde eu me perdi, ou o que desencadeou a situação atual, mas não sou dona da verdade, acho que foi algo que eu falei, com a mistura do que se ouviu. Seja lá, se estou certa ou não, sinto falta de pessoas. 
     Eu tentei entender, me analisar, nunca quis julgar, só conhecer, me conhecer e conhecer as pessoas. Diferenças me encantam, diversidade me encanta e todas as pessoas que gosto têm esse dom, ou vários dons. Olhares intensos sobre a vida e eu bebo muito dessa água. Visões de mundo e suas particularidades afetam minha estrutura de pensamento e me mostram novas cores. Estou aberta a aprender e cada pessoa que encontro tem algo a ensinar, meio sem querer, as pessoas que conheci recentemente têm em si, o que eu busco e me deixo envolver.
     Meu coração nem sempre esteve aberto, mas essas energias transcendem portas e o que pode ser superficial, as vezes vira amor.
    Estou nesse lugar como voluntária, quero saber o que acontece, se é que acontece, quero saber quem eu me torno vivendo todas essas experiências, abrindo mão de conceitos, preconceitos e padrões.
     Abrir mão do que conheço, do controle, das minhas defesas e subterfúgios, principalmente do que me protege das pessoas, e ao mesmo tempo, do que me afasta delas trouxe uma Daniela mais equilibrada  pra vida. Coisas que eu achei que eu não gostava, agora vejo diferente e estou aberta pra saber ainda mais sobre essas possibilidades de transmutação.
   Quando abrimos os olhos do coração, percebemos que as lições que aprendemos estão falando ao nosso espírito sobre a arte sutil da evolução e do destino.
    Abri meus olhos para novas experiências, ensinamentos, flexibilidade, adaptação, coragem, resistência, força feminina, eu conhecia palavras e as pessoas me deram significados. 



Sou grata por isso!



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